domingo, 5 de julho de 2009

Coritiba 2x0 São Paulo

Foto: IG

IMPRESSÕES...

Após vencer o Náutico na rodada passada, parecia que o Tricolor estava dando sinais de recuperação. Mas a suposta reação foi freada neste domingo, após a derrota para o esforçado time do Coritiba.

O que se viu no jogo foi um Coritiba com muita vontade, e um São Paulo sem criatividade no ataque.

O Tricolor mais uma vez (e espero que tenha sido a última), começou o jogo com Borges e W9 em campo. Dois centro-avantes fixos, o que já facilita a marcação, e com o W9 mais caneludo do que nunca.

E na transição do 3-5-2 para o 4-4-2, deu pra ver que precisamos melhorar muito, pois nossa defesa está totalmente desentrosada e desguarnecida.

Ao meu ver, o maior problema da equipe desde a era Muricy continua: falta COMPACTAR o time! Defesa, meio-campo e ataque ficam pelo menos uns 20 metros de distância um do outro. Tanto que, é constante a jogada em que, nosso time faz o passe antes da intermediária, buscando o Borges de pivô quase na entrada da área adversária.

Falta aproximação e movimentação. Embora pareça humilhante, acho que o time do SP deveria pegar o tape de um dos jogos do Corinthians, e assistir umas 80 vezes, e aprender o que é um time compacto!

Vão ver o Ronaldo, apesar das lesões, idade, e da suposta obesidade, voltando até sua intermediária pra ajudar na marcação. Vão ver dois laterais jogando como pontas, e bem protegidos pelos dois volantes Elias e Cristian.

Vão ver que eles não têm dois postes no ataque, pelo contrário, muita movimentação com o J. Henrique, e até mesmo o centro-avante Ronaldo, se movimenta no ataque.

Enfim, verão um time em que todos defendem e atacam juntos, em bloco.

Uma coisa fica evidente: muita coisa precisa mudar nesse time...

André Dias, suspenso para o próximo jogo, precisa se adaptar ao esquema com 2 zagueiros, ou perderá a vaga no time.

E por incrível que pareça, nessa apática derrota para o Coritiba, senti falta do Richarlyson e do Hugo no meio. O primeiro pelo combate e disposição, e o segundo, pela cadência que impõe ao jogo, isso quando está acordado no jogo.

Para o Hernanes, assim como foi com Muricy, parece que nao tem mais clima para jogar no Tricolor. Não demonstra vontade alguma. E pra ser sincero, não é pela má fase, mas ele só está provando que não tem nada demais, é apenas um volante com alguma qualidade na saída de bola, e só. Passou disso, vira um jogador comum.

W9, idem.

E se o Oscar não tá pronto pra ser titular desse time, estaria pronto pra entrar aos 30 do 2º tempo pra tentar mudar alguma coisa? Isso é preservar o jogador para não queimá-lo?

Espero que eu esteja errado, e seja apenas uma impressão... mas pelo jeito, nosso novo treinador começa a pegar o mesmo caminho trilado por seu antecessor... e que eu esteja realmente errado!

domingo, 28 de junho de 2009

Mais que uma vitória, sinais de evolução!

Em sua estréia como técnico do São Paulo F.C, Ricardo Gomes demonstrou bastante personalidade.

Começou por mudar o esquema 3-5-2, campeão desde 2005, impondo seu esquema preferido, o 4-4-2, com variações durante o jogo para um 4-3-3.

Para tanto, sacou o volante Jean, considerado por muitos como o melhor jogador do Tricolor esse ano, contrariando grande parte da torcida. Aspectos físicos e táticos motivaram essa decisão: o jogador foi o que mais atuou esse ano pelo SPFC, e precisava de descanso; e, taticamente, RG buscou dar mais liberdade ao lateral Júnior César, e para isso, precisava de alguém que cobrisse suas subidas. Richarlyson foi escolhido para a função, por atuar pelo esquerdo, e demonstrou, definitivamente, que é volante, e não lateral ou zagueiro, como nosso ex-treinador costumava escalá-lo.

Além disso, com o Eduardo Costa mais fixo á frente de apenas dois zagueiros, e não mais três, o treinador utilizou o Hernanes como um 3º volante, dando certa liberdade ao jogador para ajudar na criação das jogadas.

Acho até que o Jean pode atuar no lugar do Eduardo Costa, e, talvez, nosso treinador também pense assim, e tenha optado por um volante mais defensivo em função da ausência de nossa zaga titular.

A evolução não se deu só em relação à mudança de esquema, mas, também, quanto à postura do time. Primeiro, parece que, finalmente, a insuportável tática do CHUVEIRINHO chegou ao seu fim. O time tratou de colocar a bola no chão, tentando chegar ao gol adversário com um toque de bola mais objetivo. Até jogadas de linha de fundo surgiram, como um bom sinal dessa evolução (há quanto tempo eu não via uma jogada de linha de fundo no Tricolor! Finalmente!).

Dentro dessa nova proposta tricolor, aparece como destaque positivo o jogador Marlos, principal articulador das jogadas de ataque. Júnior César também apareceu mais, com mais liberdade pela esquerda. Falta ainda alguém que encoste no jogador para tabelar, e fazer jogadas de linha de fundo. Falta-nos ainda um lateral direito de ofício, posição essa que nosso ex-treinador tratou de esvaziar, com sua incompreensível obsessão por improvisar volantes e zagueiros naquele setor.

Hernanes, com participações diretas nos gols, se não teve uma atuação tão boa, ao menos parece estar recuperando a confiança, correspondendo a um dos principais objetivos de nosso novo comandante.

E uma coisa que ficou evidente para todos que assistiram a vitória tricolor por 2x0 sobre o fraco time do Náutico: a melhora considerável do time após a substituição de Washington pelo garoto Oscar. A alteração, além de melhorar a qualidade do nosso meio-campo, fez com que Borges, antes apagado na partida, aparecesse mais para o jogo, quase marcando em algumas oportunidades. Sem um centro-avante tão fixo quanto W9, nosso time ganha em movimentação, confundindo a defesa adversária, expurgando de vez o rótulo de equipe previsível.

E com a volta de Dagoberto, teremos ainda mais opções para isso. Confesso que sonho em ver jogando juntos Marlos, Oscar e Dagoberto. E, acho até que, devido a proposta do RG de recuperar e dar confiança aos jogadores, ele dará mais oportunidades ao W9, porém, se, à semelhança do que aconteceu nos últimos dois jogos, o time subir de produção com a sua saída, será uma questão de tempo para que essa mudança seja definitiva.

Portanto, apesar da fragilidade do adversário, ficou a sensação de evolução do time, e isso é o que mais me motiva.

E apesar das desconfianças que cercam nosso novo treinador, na minha opinião, ele começa seu trabalho com o pé direito, não só pela vitória, mas, principalmente, por enxergar as principais deficiências do time, e estar agindo no sentido de corrigí-las.

Agora nos resta aguardar e torcer, para que a evolução continue nas próximas partidas.

sábado, 20 de junho de 2009

Verdades ou Impressões?

Vendo tudo o que está acontecendo no Tricolor, ficam alguns questionamentos no ar...

Primeiro, uma eliminação apática da Libertadores, seguida da demissão do Muricy.

Em meio á burbúrios de que Washington tentou abandonar o Morumbi ainda com a bola rolando na partida contra o Cruzeiro, surge a contratação do Ricardo Gomes...

O nome é questionável, sua competência, não sei. Como será nosso time daqui pra frente? Sinceramente, não sei, mas já fiquei com um pé atrás ao ler sobre a mentalidade defensiva do nosso novo treinador.

A verdade é que, se não havia mais clima para o Muricy no Tricolor, penso que também não há para a permanência do Washington. Jogador em fim de carreira, não rendeu o esperado, rachou o grupo com reclamações egoístas, e por fim, abandona a equipe em pleno campo de batalha. Acho que foi o ponto final, e um final nada feliz.

Agora, as impressões que tenho, é que o Ricardo Gomes surge mais como um tapa-buracos, do que propriamente um nome escolhido a dedo pela diretoria tricolor.

Primeiro, porque a diretoria contrariou o próprio discurso de que não tinha pressa para escolher o novo treinador da equipe, e anunciou o novo treinador já no dia seguinte. E o próprio Ricardo Gomes declarou em entrevista que foi contatado ainda na sexta à noite, minutos depois (ou seria antes?) da demissão do Muricy. E depois, porque o nome escolhido - Ricardo Gomes, além de possuir um currículo que não empolga, tem mentalidade muito defensiva, e o grande problema do São Paulo este ano está no ataque.

Sinceramente, não acho que o Ricardo Gomes seja o nome escolhido pela diretoria tricolor para o projeto 2010. Acredito que é apenas uma saída para apagar o fogo que se alastrou no Morumbi esse ano. Mas quem sabe ele não dá certo, e continua no comando.

Assim espero, pois apesar de não torcer para treinadores, e sim, para o São Paulo F.C, desejo boa sorte ao Ricardo Gomes no comando do nosso Glorioso Tricolor!
 

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